segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Paulina - filme

A Paulina me deu um nó na cabeça.

Eu, como mulher, posso dizer que sofro algumas vezes por ser mulher.
Já tive algumas passagens traumáticas causadas por homens.
Graças a Deus nunca aconteceu nada grave.
Mas entendo perfeitamente todo o movimento feminista, digamos assim, em busca de mais respeito com a gente.

Eis que vou ao cinema assistir um filme argentino chamado Paulina.
Nem li a sinopse, já que os filmes argentinos que tenho visto estão muito bons.
E, no tal filme, vejo uma mulher, com ideais, querendo dar outro rumo para sua vida.
No meio desta tentativa, acontece um estupro.

Gente, importante: quem quer assistir a este filme e não quer saber de spoiler, para de ler aqui, por favor.

Estou falando sério!

Eu avisei.

Seguiu? Então vamos lá.

E no meio de um mundo em que homens e mulheres estão reivindicando, repito, mais respeito com as mulheres, ela decide não denunciar o autor do crime, mesmo sabendo de quem se trata.

Como assim? - fiquei pensando.

E quando o pai dela, indignado, tentando entender a cabeça da Paulina, faz uma suposição e pergunta o que ela faria caso o namoradinho (um caso que ela tem há anos) dela fosse o autor do crime e ela responde que faria o oposto do que estava fazendo (ou seja, não aceitaria numa boa), minha boca ficou aberta.

Saí da sessão com um grande ponto de interrogação na cabeça.
Minha única explicação para a opinião da Paulina é: idealismo. A qualquer preço.

Se tu, caro leitor, tiveres mais um ponto de vista para me dar, "sou toda ouvidos".

A uma conclusão eu cheguei: entendo quando ela acha que se o namoradinho a estuprasse seria mais grave, pensando que haveria um laço entre eles, enfim...toda uma história por trás.
Mas mesmo tendo sido um desconhecido, é um ato brutal e covarde.
Mesmo sabendo do jeito que foi.
Não perdoaria.
Foi uma violência. Ponto final.

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